26/12/07

A LUA DE FACA E GARFO

Andava um lápis amarelo e preto a rabiscar e a escrever naquela terra. Todas as manhãs e todos os dias o lápis escrevia nas paredes, desenhava nas portas, deixava recados, fazia reclamações que ninguém entendia. Um dia de manhã cedo quando os homens que não sabiam escrever acordaram, viram o lápis sentado numa mesa ali no meio do largo. O lápis chamou-os e eles vieram um a um. Então, o lápis lá disse: Contem-me tudo tudo.
E os homens contaram, contaram, contaram e o lápis escreveu, escreveu, escreveu. Mas de repente formou-se uma longa fila. Todos queriam contar-lhe qualquer coisa para ele escrever. E todos queriam ver os papéis, as letras, os movimentos circulares do lápis. No fim do dia todos tinham um papel com letras, muitas letras feitas num papel branco. Nesse fim de tarde o lápis afiou-se, mas os homens quando viram o seu tamanho a reduzir-se gritaram em coro: Não! Não! Nessa noite em todas as casas as mulheres questionaram os maridos, os filhos, as cunhadas, os vizinhos questionaram os vizinhos.
Na manhã seguinte o lápis lá estava de bancada montada. Mas, nesse dia só iria ler o que lhe fora contado pelos homens. A notícia correu de boca em boca e de um momento para o outro a praça encheu-se de gente. Tanta gente que mal cabiam na praça.
Às 10h o lápis pôs-se de pé e anunciou: que iria proceder à leitura do que fora dito no dia anterior por todos os presentes e não só.
Começou por ler o que lhe tinham contado os homens mais velhos. Mas nesse momento ouviu-se um ronco colectivo e muitos dos velhos caíam uns por cima dos outros.
Então o lápis parou de ler e disse: Vêem como um lápis é poderoso! Vêem como?
Depois ou outros ajudaram os mais velhos a pôr-se de pé. Mas quando o lápis disse: Agora vou ler tudo, tudo, tudo. Nesse instante ouviu-se um: Não! Não! Então, todos disseram em coro: Mas nós não contá mos nada! Nada!
E o lápis disse: Nada? Então vocês não me contaram que o Regedor é louco? Não me disseram que o homem come a Lua de faca e garfo? Não me contaram também ele voa num zepelim? Que come balões com letras? Gaivotas? Que ouve os Santos no céu? E ainda, que o zepelim é feito de ouro? Que o Regedor de noite se transforma em lobisomem? Pois olhem bem para mim! Olhem! Fiquem sabendo vocês também que ele não existe! E vocês são desenhados por mim!

19/12/07

UM DUENDE POUSOU-LHE NA CABECEIRA

Nessa manhã viu um duende pousar-lhe na cabeceira.
Depois, como era seu hábito vestiu-o de azul. deu-lhe os skis e desceram a montanha grande e branca.
Depois, quando cairam olharam o céu amarelo repleto de duendes roxos, verdes, encarnados e de muitas outras cores. Os duendes do céu desceram, desceram, mas quando chegaram perto deles continuaram a descer, a descer. E num passo de mágica toda a montanha se transformou em algodão doce. Com milhares de duendes de todas as cores, com skis de chocolate amarelo, azul, lilás e verde. Mas, de repente, os duendes voaram de montanha em montanha e pousavam nas nuvens, nas estrelas a comer chupas-chupas e a pescar sereias e baleias cinzentas. Elas eram tão grandes, tão grandes que houve um dos duendes que caiu ao lago das baleias cinzentas. Mas nesse lago a água era de chocolate branco como as montanhas grandes.
Mas nessa manhã só um lhe pousou na cabeceira. Os outros eram de chocolate amarelo, azul, lilás e verde.

17/12/07

ELA VAGUEAVA ENTRE ELE E O CÉU. ELE JÁ LÁ ESTAVA

Ele escrevia, escrevia, escrevia. Ela destruía, destruía, destruía. Ele comia poemas, canetas, sinetas, borrachas, blocos, pautas e olhava-a. Ela destruía a casa, o cão, os poemas, os blocos, as canetas.
Ele berrava contra o ruído do sino da igreja. Ela cantava no coro, velava os defuntos, comia velas, crucifixos, pintava os santos e despia-os a sós. Ele voava em papagaios de papel, comia as pautas e dormia dentro de um piano. Ela vagueava entre ele e o céu.
Ele já lá estava.

16/12/07

ENCONTREI UMA CABEÇA NA PRAÇA DE LONDRES

Ontem, na Praça de Londres quando andava às compras encontrei uma cabeça de homem. Qual não foi o meu espanto quando a cabeça me disse.
- Por acaso não viu o resto?
Estranhei a pergunta mas, mesmo assim, dei uma olhadela e nada. Olhei ainda o Guerra Junqueiro. O sacana ainda me levantou a bengala mas mais não disse. Agora já mais tranquilo pensei: que fazer com uma cabeça do homem? Leva-la à esquadra? Não! Pô-la no contentor? Não! Não viesse por ai o tal resto. Preocupado estava!
Mas uma cabeça assim... digamos... era de facto um achado fabuloso.
Levantei-a e disse-lhe:
-Que está a pensar fazer?
- Olhe, isso de facto agora é complicado sabe. O problema é este: Primeiro, vou-lhe pedir um favor. Tire-me aqui de cima da capot não vá cair daqui depois é que são elas! Agora se me desse um cigarro seria óptimo! Sabe, tinha-os no bolso. Agora de qualquer maneira estava a pensar ir para casa. Mas... está difícil estava a pensar se... a senhor não me ajudaria a lá chegar.
Mas como??
- Olhe, talvez a maneira mais rápida de o fazermos seja esta. Pegue-me pelos cabelos, depois com cuidado na orelha esquerda, de seguida abra o carro e coloque-me ali entre os bancos de trás e o da frente. Assim não rebolo.
Mas levar uma cabeça no meu carro?
- Desculpe! Mas aqui é que não posso ficar! Se não for a senhor será alguém a levar-me!
Bem...então...acha que ali entre os bancos não...
-Acho!
Então e onde mora? Conheço muito bem! Avançamos Lisboa fora claro, sempre devagar não fosse ela andar por ali aos trambolhões. Chegados ao bairro a coisa complicou-se não dava com a rua nem por nada, mesmo assim a cabeça tentava "gesticular." Já em estado de desespero páro o carro, ponho-a em cima do tabeliet então com um piscar de olhos lá percebo a direcção. Volto a Avançar e nada! Qual rua qual carapuça! De repente vejo um táxi e qual não é o meu espanto, Ainda era preto e tinha o capot verde, ainda existem coisas fabulosas! Num acto inesperado encontro a rua finalmente. Agora falta o nº45, e o 6º Esq., pronto cá esta! Saio do carro e digo-lhe que espere, fique, tenha paciência.
Toco no 6º Esq e nada. Volto a tocar. Então o trinco abriu-se subo, subo, subo e aterrado qual não é o meu espanto quando a porta se abriu.
Aparece o corpo de um homem que me diz: Onde é que eu ando com cabeça!
Quando começo a descer a escada oiço um Pum! Pum! Era a cabeça a tentar subir a escada. De repente passa-me o corpo a correr escada abaixo. Estranhamente vi-os a interligarem-se o corpo pegou-a com o braço e fê-la rodopiar sobre o pescoço. Ainda ouvi um clique.
Ao chegar ao carro vejo- o táxi preto claro com o capot verde. Fabuloso.

15/12/07

DE REPENTE O ALFABETO DESCEU RUA ABAIXO

Reunidas as letras decidiram: Fugir hoje.
Também fui informado de que a pontuação estava de saída.
Portanto vou escrever depressa!
Esta coisa das letras andarem loucas tem coisa! De qualquer forma aqui no teclado ainda existem mas...que ideia tiveram estas gajas? Ainda por cima são 22.30. Será que os números também se vão pirar? Mas onde irão estas tipas todas? Sim. Porque aqui no Alentejo estou mesmo a ver o abecedário todo a correr vila abaixo. E claro como será que vão pedir o jantar ao tipo da tasca?
Ora, estava eu aqui a pensar...que de facto esta ideia só pode ter vindo do Z. Este tipo Nunca diz nada! Mas vendo bem as coisas é impossível impedir uma fuga desta dimensão.
Imaginem como seria a vida do A sem o R. Para já tínhamos um problema de oxigénio! E claro como sobreviveriam estas tipas num restaurante. Sim! Teriam que se reunir por tudo e por nada porque quem de facto não se junta, não come.
Outra coisa imaginem o M. Sim porque um homem por vezes tem de dizer ERDA! Agora sem o sacana do M a coisa complica-se.
Agora, outro grave problema é a pontuação. Imaginem as ,,,,,, viradas do avesso. Os ......iam para os hospitais. Os --- eram contratados por o Ministro das Finanças.
Socorro!! Os ~~ estão em fuga! Estao! Estao!
Mas meus amigos! o Sacana do prontuário ortográfico acabou de se pôr a milhas. Ainda o vejo a descer a rua ali, reunido com as sacanas das letras. E agora aqui sentado entram pela janela o R, D, G ,S, P. Mas o A, K, D, U caíram na lareira. Espavorido chamo os bombeiros! E então. lá aparecem os B, os O, os M, os B, os E, os I, os R, os O, e os S. Abro a janela e lá o vejo o Z atrás de um cão preto parecia-me zangado. É a vida.

09/12/07

ENROLEM AS ESTRADAS, OS CAMINHOS DE FERRO E SE PUDEREM JANTEM

Tragam as bruxas de pano, tragam os fantoches das feiras,os loucos dos manicómios, tragam os palhaços dos circos, tragam os trapezistas das cordas, tragam os músicos das orquestras, tragam os aviões dos céus, tragam os elefantes das florestas,as crianças das escolas, tragam os barcos do mar, tragam os médicos dos hospitais, tragam os cientistas, tragam-nos todos em conjunto.
E depois tirem o pano às bruxas, as feiras aos fantoches, a loucura aos loucos, os colegas às crianças, os circos aos palhaços, as cordas aos trapezistas, as orquestras aos músicos, os céus aos aviões, as florestas aos elefantes, o mar aos barcos, os doentes aos médicos, as cobaias aos cientistas.
depois, comam as as bruxas, queimem as feiras,os palhaços, os loucos, cortem as cordas aos trapezistas, comam a música, espanquem as crianças, rasguem os céus, cavalguem nos elefantes, esvaziem o mar, mediquem os médicos e comam as cobaias.
Depois enrolem as estradas, os caminhos de ferro, destruam as pontes, abram as barragens e se puderem jantem.

MANUEL COMOVIA AS PRÓPRIAS TELAS

Acabou de ser inaugurada na Galaria Contexto a Exposição de Manuel Gustavo. Este artista, actualmente conexamente ligado à grande luz Europeia das últimas décadas. Traz agora a Lisboa as cores do cobalto com traços verdadeiramente comoventes onde o ocre e o amarelo emergem soltos. Nas suas últimas pinceladas realizadas na cidade luz na década de 90. Manuel comovia as próprias telas. São conhecidas as trágicas relações que este, inspirando-se nos roxos, lilazes, o amarelo. Eufóricas as telas cantavam. Deslocavam-se voando em partituras de cores quentes. Mas agora Lisboa! Expõe laços de cores, quadras do Reno, os cinzentos da escola modernista e claro seiscentista. Aqui de novo o artista contrapõe a paleta dos sonhos cromáticos, anacrónicos a luz penetra nas telas de Manuel. Certamente é a única exposição que Lisboa actualmente reconhecerá no tempo.
Esse, o tempo de Paris com o mestre Luciano Picoufieve. O artista que agora expõe sorveu as cores destas telas expostas. Por este facto encontra-se inpossiblitado de comparecer na inauguração. Em sua representação estará presente uma caixa de pó de arroz. Esta mostra imperdivel encontra-se em Lisboa. Rua da Escola Politécnica nº 23 até dia 30 de Dezembro.

08/12/07

DIGAM-LHE

Digam-lhe:

Que a lonjura não existe. Que o tempo passa, falem-lhe do mar, das Colinas, dos Montes, chamem-na. Nos Vales, Campos, trilhos e Veredas. Mas encontrem-na! Descubram-na no cimo dos Penedos, nas Serras, nos Soutos. Uivem! Gritem! Mas quando a virem digam-lhe:

Que existem outras Serras, outros Penedos, outros Montes, outros trilhos. Digam-lhe também que os sonhos constroem-se. Digam-lhe que todos os diários são sonhos. Contem-lhe que os sonhos também são grandes. Digam. Digam aos sonhos para fugirem com ela. Digam-lhe para não ter medo. Digam onde for mas digam-lhe. Digam!
Se for preciso chamem o tempo, a música, o Mozart, as Sonatas, os pianos, os pássaros, os Actores, as Bailarinas, o Público, as palmas, os Cocheiros, os Nobres. Vão por Palácios, Quintas, Herdades, subam os Rios, corram os Desertos. Mas digam-lhe!

OS BANCOS EM UNÍSSONO DECLARARAM: TRAZ OUTRO AMIGO TAMBÉM!

Lá do cimo da Cimeira declararam os banqueiros Europeus em uníssono: A partir de hoje todos nós, brancos e bancos europeus vamos pensar em vocês. Pobres, famintos, desalojados, doentes, enfim... quando os os vossos aviõezinhos descolarem rumo ao outro continente podem estar cientes de uma coisa: Que, sendo a Europa rica, culta, solidária, católica, plural. É a Europa dos amigos millennium. Vamos a partir de hoje, podem Vexas ficar descansados, Cooperar, realizar, investir, doar-lhes sopas, calças, sapatos, arroz, copos de plástico, aspirina e fraldas. Em relação ao vosso eterno problema financeiro, declaramos que esta cimeira tem uma solução. Após uma acalorada discussão entre vários accionistas desta europazinha, chegou este conselho de administração a uma conclusão: Propomos abrindo claro, agências em todos os países africanos independentemente dos regimes. Propomos ainda que todos os dignos representantes desta cimeira comprem acções desta Europa. Solidária com os filhos e claro solidária com os amigos. Gostaríamos de vos presentear abrindo claro, bancos com esta visão solidária onde a estratégia assenta no dito: Um por todos todos por um! Assim, sugerimos-vos que: Quando virem o próximo milenium não hesitem. Exijam! Exijam! Vão ver que não custa nada! Vão ver como a vida é outra! E claro espalhem a notícia! Mandem as formigas informar as populações! Digam que nós somos assim! Digam que a Europa mudou! Digam! Digam que os bancos aqui são solidários! Que ajudam os mais desfavorecidos! E claro espalhem o slogan deste millennium : TRAZ OUTRO AMIGO TAMBÉM!

06/12/07

MAS JESUS NASCEU EM BELÉM?

Meu caro,
Sendo Belém uma presença constante nas televisões espero sinceramente que Vexa esteja em forma.
Pois ouvi por ai dizer algo de facto estranho, muito estranho. O meu amigo, imagino, sendo católico, claro como bom português é nosso! Claro, espero que tenha lido, ido ao cinema, feito o presépio, posto as palhinhas, os mémés, o musgo, enfim... como todos nós. Sabe com certeza que as galinhas botam os ovos, os patos fazem quáquá, Também estou seguríssimo de que concordará comigo que as criancinhas vêm com as cegonhas do Eliseu.
Sendo o Eliseu, o fabricante europeu de bebés. Sendo Belém o local do nascimento de Jesus Cristo.
Proponho já o seguinte: Que Maria volte! Que José seja chamado a depor! Que os patos deixem de fazer quáquá! Que os mémés se calem! Que as cegonhas fiquem quietas! As galinhas não botem os ovos! E, claro, que seja chamado o professor Barreto para dar uma explicação de como o Alqueva se pode assemelhar ao nascimento. Começando claro por o rebentamento das águas!
Ordeno aos fabricantes de preservativos que incluam na bula o seguinte: Este balão é decorativo. Porém podem ter efeitos surpreendentes em países como Portugal.
Proponho ainda, a presença do Zézé Camarinha para de uma vez explicar como se faz! Se é bom? Se serve para alguma coisa? E claro com a longa experiência do Zé quero deixar aqui uma última:
Portugueses! Leiam o Borda d`Água!
QUALQUER SEMELHANÇA ENTRE ESTE TEXTO, E A REALIDADE É ISSO MESMO.
MERA COINCIDÊNCIA

28/11/07

O VIVALDI VIVE NO MAR

O Vivaldi ! Enterrado enterrado não está anda por aqui. mas sabes, foi comigo numa viagem de barco já lá vão talvez... uma vintena de anos. Quando saí da Capital num barco de velas brancas e casco azul. Foi comigo. (foi-me dado por meu pai). Claro, nessa altura pensei que diabo andava o Vivaldi ali a fazer? Mas quando avançamos Atlântico adentro o vento, as vagas, o frio, a noite, o leme, as estrelas, e claro a noite chamavam-me forte. Mas as vagas enormes, o vento uivante, as estrelas dançantes. Claro um circulo único o Mar. Só ele altíssimo. Mas num passo de angústia ouvi-o. ainda sinto o medo, os uivos, o vento, as vagas, as estrelas, a noite. Mas claro, era o Vivaldi. Eram as quatro estações! Música de todos os sentidos que me deixou assim. De repente a certeza da enormíssima força do Mar. Dos ventos gélidos, das vagas enormes, das constelações, de um eu ínfimo. Mas foram as quatro estações de Vivaldi nessas noites. De lemes, amarras, bússolas, estrelas, mares tumultuosos que me deram a força de lhes dizer. Quem pensam vocês que são!? Ainda agora ouço o Mar supremo. O frio, o vento, as estrelas, as vagas enormes,os gritos da aves. Ainda ao leme a força deste Vivaldi.

19/11/07

A VIDA É O MÁXIMO!

.

Andava eu a tentar ser simpático ao máximo!

Mas existem coisas tramadas nesta vida.
Então não é que ontem pelas 21 mais coisa, menos coisa, a Tété bate as botas.

Coitada, também já andava a pedi-las enfim é a vida. Mas há coisas que põem um tipo com os cabelos em pé.

Bem, como a minha mulher está em Londres, lá lhe fiz o telefonema da praxe. A coitada lá teve que gastar umas coroas no bilhetinho! A sacana ainda me perguntou se...valia a pena pôr-se a caminho? Não é o máximo?

Cá para mim estas coisas da morte, luto, flores, Igrejas, Padres, esta parafernália de seres que se atravessam no caminho da morte, são o máximo! De seguida enfiei-me no carro do Tiago.
(Quem é o Tiago? Isto é lá hora de perguntar quem é o Tiago!)
Bem! Lá fomos então ver as caixinhas.

Estranha estranha é a localização, uma cave. (Bem vamos a isto!). Chegados lá abaixo dou de caras com uns tipos vestidos de pinguim. Não é o máximo?

Aquelas coisas estavam dispostas em prateleiras tipo fnac . Bem, lá fomos vê-las, o tipozeco lá apregoava as qualidades fantásticas destas caixinhas, havia-as para todos. Ar condicionado, recicláveis, de papel azul, com forro às bolinhas, sem bolinhas, com telemóvel, Visa, American Express. ( já prestes a desfalecer pergunto-lhe: Ouça lá seu Camelo! Você acha que a minha sogra vai com um forro às bolinhas?) Eu exijo seda! Seda!! Também temos, Sr. Pois então está decidido! Pago com multibanco!
Mas se é como o meu caro amigo diz, talvez me decida pôr uma dessas com Visa. Sabe...acho o máximo! Assim paga ela!
Não é máximo?

18/11/07

FUNSFUNS E GAITINHAS

Eu devia era ser pastor e acabava com isto de uma vez! Ando eu aqui com funsfuns e gaitinhas para quê?
Assim, mal o Sol despontasse ela tinha que me ver seja fosse lá como fosse. Sim ver-me! Olhar para mim porra!
Se existe de facto "coisa" mais complicada que uma mulher. É a minha. (claro a minha mulher).
Mas de qualquer maneira esta tem outro. (é casada!) já bastante...usado, redondo, imagine você que não fuma, não tem gado, até a lenha que compra sou eu que lha vendo! Isto assim não pode ser! (afinal queira o tipo ou não, quem lhe aquece a mulher sou eu!) Bem lá tem os castanheirozitos mas...ó homem aquilo é lá mulher de castanheirozitos! ( o que a ela precisa sei eu! É de uns... queijinhos de cabra! Umas idas à feira, umas excursões a Fátima, enfim...)
Andava eu por aquelas bandas já ia para uns anos. Houve um dia que andava eu ali, sim ali. Ao fundo daquele vale. Ó Dr. Ali ao pé do Ti Manel! Quando dou de caras com tal azar sim azar homem! Então não acha que é azar um tipo como eu ter como vizinha a mulher do outro? Mas olhe, olhe.
Ontem quando acordei lá soltei as tontas das cabras. E não é que a vejo ali parada, a olhar para mim. Sim para mim! E agora? Agora olhe, olhe não sei, com o tiro que a tipa me deu estou neste estado. Mas olhe lá Sr Dr. Se não for muito incómodo acha que me vão cortar o tronco também?
Sabe uma coisa... tenho a certeza que ela ainda precisa de lenha!

17/11/07

A FÉ É A ÚLTIMA A FECHAR

Ora andando eu um pouco atarantado do espírito, sendo crente Português e claro católico. Ando deveras preocupado. Ontem depois do Telejornal senti uma necessidade feroz de me encontrar comigo, claro num espaço comum. Sim, porque de qualquer maneira um homem ali ao pé dos santos sente-se mais, muito mais próximo da tal casa. Tal era a minha necessidade que saí um pouco transtornado rua fora. No caminho encontrei a Farmácia Esperança aberta e pensei. Talvez estes tipos tenham algo para o espírito mas... reflecti melhor e decidi ir ao seu encontro.

Assim que vi a cruz lá no cimo senti que estava no bom caminho.
Estava um frio de rachar. Subi a gola do sobretudo e lá comecei a subir a escadaria interminável. Sim, porque para chegar ao céu é preciso de facto subir e claro levar um sobretudo. Mas qual não foi o meu espanto quando dou de caras com a porta do templo fechada. Ainda pensei devem ter ido jantar. Mas nem um papelinho, Nada! E uma horda de desgraçados à porta enrolados em papiro. Bati! voltei a bater! Espreitei o buraco da fechadura a escuridão total. Resolvi questionar aqueles papiros, nada sabiam.

Bem de facto comecei a ficar preocupado. Desci a escada, a cruz lá estava olhei-a de novo e benzi-me. Quando dou por mim vejo um multibanco e pimba! Tiro o meu cartão dourado de crente, introduzo o pinnosso e primo: consulta de movimentos.

Rapidamente sai o papel desloco-me mais para a luz e nesse momento caio em mim.

Leio: De momento não podemos satisfazer o seu pedido, volte mais tarde. Rapidamente tiro o telemóvel do bolso e ligo: Após alguns minutos de espera ouço uma voz: Se deseja uma informação carregue na cruz Olhei-a de novo lá longe e pensei: Que de qualquer maneira a fé é a última a fechar, nesse momento vejo aproximar-se um táxi.
Afinal ainda existe qualquer coisa. Farmácia Esperança rápido se faz favor!
Mas ao chegar ao local leio: Encerrada para balanço.

Olho de novo para o céu e vejo cruzes por todo o lado. Peço mais um café ao empregado ao que ele me diz: Cruzes canhoto! Fecho o livro com a mão esquerda.
Então lá chega a Marta.

16/11/07

CARTA ABERTA AO CÉU

Caro Senhor.
Tenho andado deveras preocupado com o meu amigo. Pois já li o dito Pantagruel de trás para a frente e de facto as receitas parecem-me boas diria até mais. Excelentes.
Mas meu caro.
De qualquer maneira não me parecem muito...católicas. Pois como o Senhor deve perceber os ingredientes usados por o meu amigo já não abundam por estas paragens.
Voltei a reler o seu manual mas não encontrei as receitas descritas por si. Bem sei que esta mania de reeditar reeditar por vezes perde-se o contexto, mas como sabe temos pôr aqui vários discípulos.
Senhor não o querendo importunar compreenda Vexa.
É meu o dever in formá- lo:
Anda por aqui já há algum tempo um "filosofo ateniense (470-399 a.C.) que segundo consta não" exerce "magistério regular e não escreve livro nenhum". Como sei que Vexa não tem o conhecimento devido em relação a este ilustre aqui lhe envio mais algum pormenores deste ser. O seu método consiste "em levar os seus interlocutores, após tomarem consciência da sua ignorância através da "ironia", a descobrirem por si mesmos a ignorância." Mas Senhor. Defende, "por isso, uma educação que conduz à prática do bem, à salvação da própria alma. A influência de que" goza "junto dos mais próximos e mais. Vai valer-lhe a acusação de impiedade, foi condenado a morrer envenenado por cicuta. Entre os seus discípulos contam-se" vários ministros.
Senhor quanto ao Pantagruel não encontrei o tal Toucinho do Céu.
Um abraço deste seu amigo.
P.s Cumprimentos à Senhora.
Sófocles
Atenas 470 a.C
" Grande Dicionário Enciclopédico Verbo"

13/11/07

CAIU O CÉU POR FALTA DE SANTOS QUE O SUPORTASSEM

Entraram-me hoje os santos pela cozinha a dentro. Mas como santos da casa não fazem milagres pensei.
Que ideia peregrina tiveram estes tipos de me vir chatear, ainda por cima vieram todos juntos. Olhei para o arroz e lembrei -me de tapar um ali mesmo.
Quando abri a torneira, estava um ali sentado a olhar para mim. Como quem não quer a coisa olhei-o de novo e pimba! Voltou a saltar para cima da torradeira mas quando tirei a tampa do arroz entendi tudo, estes tipos estão é cheios de fome.
Claro fiquei perplexo, que raio comerão os santos? Entretanto o problema agravava-se, eram de facto santos a mais. O melhor será abrir a janela, pode ser que estes trastes com asas se raspem! Mas a ideia tornou-se de facto trágica começaram a entrar milhares deles com asas sem asas brancos, roxos, rosas, enfim... liguei para o Vaticano.
Atendeu-me uma Eminência sem asas sem véu, mas com tosse. Muita tosse.
Primeiro disse-me logo que de momento o Senhor não estava disponível. Então lá lhe expliquei o motivo do meu contacto, vossa Eminência lá ia dizendo que de facto era um milagre! Só podia ser! Mas eu insistia que tinha era de jantar!
Mas oiça lá (dizia-lhe eu), Vocês ai não têm um 112 para situações destas? Sim porque como é que o Vaticano resolve os ditos milagres? Mas ouça estes tipos devem ter fugido de alguma Igreja alguma vitrina.O pobre do homem lá foi dizendo que os milagres não fogem, acontecem. Bem. De facto estes tipos não são terrestres, têm asas, voam e vêem do céu. E não jantei. A Eminência já de certeza! Fui ao armário debaixo e lá descobri o DUMDUM lembrei-me do anúncio não escapa um! Rapidamente despejei o Dum dum! Os coitados caiam que nem tordos a cozinha era uma tragédia. Eram milhares!
Afinal eu tinha era que jantar.
Refastelado no meu sófa resolvi ir aspirar os pobres dos santos, sim porque santos no chão não lembra ao diabo.
De manhã ouvi na radio uma noticia...divinal caiu o céu por falta de santos que o suportassem.
Ò diacho!

04/11/07

AQUELA CADEIRA É MINHA!

Aquela cadeira é minha! Aquela é minha! De qualquer maneira lá me sentei ali ao pé dela. Depois vi-a e lá percebi que estava no lugar certo.(podia ter que me pôr a milhas a qualquer momento) Aquele era de facto o meu lugar, sentei-me confortavelmente e olhei-a de novo. Pareceu-me mais jovem talvez mais...tranquila. Mas de repente tive a sensação que me pertencia, olhei-a nos olhos, tinha uma luz diferente. Aquela era de facto a minha luz, a minha mesa. Olhei-a de novo e pareceu -me ser ela, por momentos tive mesmo a certeza. De seguida abria-a de par em par e descobri coisas estranhas, estava lá tudo mas tudo. A Paisagem a mesma de sempre talvez um pouco mais estonteante, pois há vários anos que não a via.(assim ali, tão perto de mim.) Almocei ali ao lado dela. Quando terminei fui para a rua e voltei a vê-la, voltei a falar-lhe olhei-a de novo. Quando me ia pôr andar tive a nítida sensação que me olhou mais profundamente. (pareceu-me um sorriso infantil.) Depois...olhei-a de novo quando a voltaria a ver? Para me despedir dei-lhe dois beijos talvez mais, os mais... sensatos, para a ocasião nunca seriam poucos. À despedida voltei a fechá-la no trinco de cima e claro no debaixo porque nunca se sabe. Posso voltar ainda a querer abri-la se bem que seja difícil. Mas penso que ela gostou de me ver também.

29/10/07

CORRO SEM ME CANSAR, VOLTO A CORRER E NUNCA ME CANSO.

Corro sem me cansar, volto a correr e nunca me canso.
Mas chego a casa olho-a e caio para o lado! Quando dou por mim vejo-a ali, à mão. Abro a janela e vejo.
Milhares de tipos, todos mas todos, a correr. Depois, quando a vejo de novo, volto a cair.
Ao longe ouço os passos dos outros, correm correm. Quando acordo vejo-a ali, às riscas desfalecida já no chão. Parece-me ver uma multidão eufórica, tenho a sensação de a conhecer. Mas de repente, ouço... passadas respirações arfantes, gritos, palmas. Olho-a de novo. Olho-a pela última vez, tenho uma vaga impressão que me diz...vem! Depois com um esforço desmedido dou o último suspiro e passo-lhe por cima.
E volto a ouvir os gritos as palmas, agora sim! Corro sem me cansar. Volto a correr e nunca me canso! Mas chego! olho-a e caio-lhe em cima! Meta.

28/10/07

ACORDA! ACORDA! ESTÁ LÁ FORA UM TIPO AOS GRITOS!

Acorda! Acorda! Está um tipo lá fora aos gritos! Aos Gritos? Mas que quer? Chama pela Mãe! Mas eu não sou Mãe dele!

Mas o melhor é lá ires. Porra! Também és Mãe! ( lá foi. Quando abre a porta é abraçada. O tipo chora desalmadamente.)

Mas ouça, eu... Mãe mãezinha! Mas eu acho que o Senhor...Minha querida Mãe!! (entretanto o nosso amigo, o "filho"Sobe um degrau e claro. Começa a dançar.) Dança, dança, dá piruetas envia beijinhos aos traseuntes, enfim...a pobre vê de facto que Mãe deste agora não vinha nada a calhar. Mas ouça! Ouça!! Eu tenho de ir ao Supermercado! Ò minha mãezinha! Ir ao supermercado é o sonho de qualquer filhinho. Claro, trago os sacos. Mas ouça!! Diga-me uma coisa. Tem Jeito para dançar, talvez não fosse má ideia aproveitar e continuará ai a dançar mais um pouco.

Assim, quando eu regressasse, ajudava-me a subir com os sacos. Não! Eu vou com a Mãe! Olhe então despache-se que eu tenho mais que fazer! (ao chegarem o "filho" dança, Dá piruetas, beijos a quem passa.) Mas, de repente, vem uma mulher aos gritos! Mário! Mário! Márinho! Meu filho! Bem agora sim, estou livre deste traste! Mas o dito Márinho parece que não pensa da mesma forma.

Continua a dançar airosamente em cima das prateleiras, a chamar-me querida Mãe!

Corri em direcção à dita Mãe. E no exacto momento em que ia abrir a boca, percebi tudo!

Afinal, o Mário ou Márinho tinha razão para estar naquele estado. A dita Senhora não passava de um Travesti!

Comprei uns chocolates peguei no Márinho ao colo, pu-lo no carrinho. No regresso a casa disse-me: Sabe..vivi tantos anos com a Mãe. Este Outubro faço 27! E o seu companheiro?

26/10/07

ÁGUIAS DE BONELLI COMO AS DESCOBRIR ?

Meus meninos e minhas meninas.
De facto esta actividade tem que se lhe diga.
Como sabem, tudo mas tudo, tem de ser visto primeiro ao longe. Diria inclusive, muito ao longe.
Mas, existe uma formula de resolver estes casos, tanto os mais bicudos como os menos.
Primeiro, não é necessário observar as rapinas, mas ver se existem estrangeiros nessas áreas.
Pois como é do conhecimento de qualquer pessoa bem informada, estes seres fundamentalmente os do Norte da Europa. Residem no Sul. Ora aqui está o busilis da questão,deve-se ter sempre em atenção dois, três, factores:
Se têm estatura sobredimensionada, têm olhos azuis, se os automóveis têm matrícula com fundo branco, se têm pó (muito pó.) acha que os viu, está de facto no bom caminho! De qualquer maneira ainda não deu com eles, não se excite. Pregunte ao tipo de boné mais próximo que encontrar.(geralmente encostado a uma parede branca, ou à porta da tasca mais próxima. Tente falar com um de cada vez.)
A resposta será de facto longa. Mas não desespere, mantenha a calma, ele é de facto o único tipo importante neste momento!
Quando perceber (se perceber), Siga! Vai ver algo de espantoso eu diria até mais! Quando começar a ver autocaravanas sucatas está perto. Tenha sempre em atenção dois factores: Sai cão e dono! Vai dizer: (mas como é possível alguém viver aqui??) Pois é de facto ali que estes tipos habitam! Onde o Judas perdeu as botas!
Ora bem!
O habitat é este! Serras de Medronheiros, com povoamentos dispersos de Alemães. Nunca se esqueça de informar os nossos amigos do seu obejctivo. Evitará o tadicional. Actungs! Privat! ( vai ver que, no fim, ainda é convidado para um The ou Beer. São também muito úteis esta conversas por outros motivos, que agora não vou passar a explanar.)
Assim, sente-se confortavelmente, monte o telescópio e verá que mais hora menos hora, lá as verá! Quanto às Alemãs...

22/10/07

PROCURA! A DORES CHAMOU O TINTIM.

Nesse dia chegou cedo.
Mas ao sair do carro vê o Marquês de Pombal escondido atrás de uma cortina.
Sobe a escada larga e comprida, no cimo está um quadro, A Última Ceia. Parece-lhe ver ali o Conde de Monte Cristo. Quando entra no seu gabinete vê, sentado com uma chave de fendas na mão, o Visconde de Reliquías que tenta desesperadamente pôr uma mosca viva no seu telefone, já aberto.
Entretanto chama a secretária, Dores. Parece-lhe ter semelhanças com Carlota Joaquina.
Mas de repente ouve um ladrar, era Milu com Tintim.
Ao fundo a voz de Castafiore que ecoa na sala. Lá mais ao fundo junto à janela, vê um homem da empresa teleruídos com uma chave inglesa. Mas, quando menos se espera, entram os Dupont claro. E quando abrem a gaveta dos charutos descobrem: dois Condes, três Viscondes, um Marquês e claro o Rei de Copas.
Ao longe ouve-se: Com mil milhões de macacos!! Onde está esssa corja de Condes Viscondes!!A minha garrafa!!
QUALQUER COINCIDÊNCIA ENTRE ESTES TEXTOS E A REALIDADE É ISSO MESMO, MERA COINCIDÊNCIA!

18/10/07

SOCORRO, O MEU PAI NÃO É BANQUEIRO!

Mas ao entrar disse logo: o meu pai não é banqueiro!
Mas tenho o mesmo nome, por acaso não existe maneira de sermos uns para os outros?
Mas é primo?
Não.
Mas é de família?
Mais ou menos.
Bem isso já é qualquer coisa?
Mas tem cá conta?
Não.
Mas se... eu abro!
Olhe sabe? Só hoje da sua família já cá vieram doze.
Doze? Claro, claro!
E?
E claro vou já chamar o gerente, o seu tio .
Tio?
Mas ó homem! temos que ser uns para os outros!
QUALQUER COINCIDÊNCIA ENTRE ESTE TEXTO E A REALIDADE É ISSO MESMO, MERA COINCIDÊNCIA.

QUANDO O SARAMAGO DIZ, PORTUGAL. DIZ LITORAL DE ESPANHA

Meus Senhores:

Quando o Saramago diz: Portugal está prestes a ser integrado em Espanha . Tem razão! Ora então nós, não o sabíamos já? De facto este assunto tem vindo a ser analisado há vários anos, pelas mais altas instâncias académicas nacionais. Dá pelo nome de erosão costeira. Este assunto é de lã caprina! Não era preciso tanta polémica vinda do Nobel. Assim, sendo visível a erosão costeira ao longo do ainda Portugal, espero que o problema do dito despovoamento do interior esteja resolvido! Isto claro, para já não falarmos da interioridade. Porque de facto um país que tem 100K de largura, não pode falar de tal assunto. (não deveríamos quando falamos do interior, pensar Andaluzia?) Até diria mais! Não seremos o litoral de Espanha? Bem, se ainda não o somos é porque a erosão costeira está atrasada. Mas meus amigos! Quem já esperou tanto tempo, espera mais um pouco. Assim, sugiro o seguinte; Comprai meus Senhores casas no interior. Pois só assim o litoral do futuro será devidamente povoado! Isto claro, tem outros inconvenientes, imaginem quando um eleito Português acordar, e descobrir que o seu Ministério desandou falésia abaixo! De facto só tem uma solução, bater à porta dos outros e dizer; Eu era Ministro ali! Mas o Ministério caiu! Venham depressa o Secretário de Estado está à deriva! Enfim... talvez só a Berlenga se safe!

17/10/07

CATALINA PESTANA A MARY POPPINS

Estava eu sentadadinho numa esplanada num fim de semana destes. Pimba! Afinal, Catalina Pestana veio informar a malta de que está tudo na mesma. Que os putos continuam na Casa Pia! Que continuam os abusos! Esqueceu-se de um pequeno pormenor. Foi nomeada! Com um nobre objectivo! Pintar os corredores do edifício principal da amarelo. ( após consulta a várias empresas conseguiu a direcção um preço muito em conta.) Renovar o esquentador da copa, visto ser o suspeito numero um de vários abusos. Mudar várias telhas do edifício central, pois suspeitava-se ser ai o local de descida dos abusadores. Abrir concurso público, para a aquisição de baldes e esfregonas e respectivo espremedor. Contratar mais dois jardineiros e comprar duas enxadas. Mandar a Teresa ao talho. etc.. etc... No último dia de mandato saiu de mansinho,e lá foi ao procurador. Contar-lhe tudo,tudinho! Que suspeitava de algo muito estranho, pois tinha mudado as telhas! O esquentador! Pintado tudo de novo! E estava tudo na mesma, continuavam os abusos por parte dos técnicos (levam os carros para casa.) os jardineiros roubavam as enxadas! A Teresa os lombos! O Procurador então disse; de facto os abusos são inqualificáveis! E os putos? Esses? São de facto os piores! um horror! (Entretanto sai da procuradoria, abre a sombrinha e voa em direcção ao céu cantando.) Assim; QUALQUER COINCIDÊNCIA ENTRE ESTES TEXTOS E A REALIDADE É ISSO MESMO, MERA COINCIDÊNCIA.

12/10/07

OLHA AMÁLIA LEMBRAS-TE DO TEU MALMEQUER?

Olha...Amália.

Talvez não saibas, talvez não queiras saber, mas vou-te contar uma coisa.

Lembras-te dos teus passeios? Da praia? Da Azenha do Mar? Lembras-te dos teus troncos pintados? Das tuas flores, do muro da tua casa? Do teu malmequer gigante? Na tua entrada ? E claro da tua Fantástica casa!

Mas olha...Andam por ai uns Srs. que dizem coisas fantásticas!

Sabes... têm uma Fundação, até têm o teu nome, o teu património.

Mas sabes uma coisa? Um dia destes passei por ali, claro como sempre ,vinha da praia a Sul da "tua." e sabes... espreitei (talvez não o devesse ter feito.) e lá fui pé ante pé entrando "monte dentro."

Mas Amália! Os vidros partidos! A Humidade era total! Bolor nas paredes! Olha... Sabes quem toma conta do teu monte?( Das tuas coisas.)Um pobre pastor.

Os teus quadros lá estão, os teus livros também, os teus cristos as tuas Rosas Ramalho e por ai fora.

Mas...olha quem são estes Srs? Que Fundação é esta? Mas olha....

Um beijo.

08/10/07

AGORA DIGO-TE SIM, HOJE DIGO-TE VEM.

Agora digo-te sim, hoje digo-te vem. Vem agora. Traz-me o vento e as correntes dos oceanos as vagas e a espuma. Podes trazer também as pedras da praia, a areia em frascos azuis. Podes lançar ferro. Escusas de trazer o balde amarelo, as pás verdes o ancinho mas não te esqueças, traz as ilhas as rochas as anémonas amarelas, aquela verde. E as estrelas do mar. Podes deixar os peixes nas poças, as pedras amarelas as encarnadas podes deixar ainda, todos os grãos de areia. Mas traz o Sol e a Lua como estiverem. A Lua, trá-la num frasco azul. E não a deixes fugir. Também podes trazer as folhas de outono, mas só as douradas. Não te esqueças da tua pedra da tua rua do teu eu. Porque um dia quando acordares verás ainda a Lua alta. Todas as aves estarão pousadas no Sol. Todos os plátanos serão roxos, as estrelas dançarão no universo. Que já não estás só. Que na tua pedra nasceu uma fonte, e todas as lágrimas desaguam nesta praia. Onde ainda o vento brinca com o Sol ao fim do dia, onde ainda as ondas e a areia se tocam. Mas agora digo-te sim, e hoje digo-te vem. Quando esse dia amanhecer, quando se ouvirem nos céus os gritos das aves azuis. Quando a Lua for grande trá-la contigo. Ainda que seja criança.

06/10/07

ESTE TIPO É DEVERAS MUITO SUSPEITO

Ó diabo! Este tipo é deveras muito, mas muito suspeito!
Primeiro vai de Smart, depois vê-se logo que é do Contra Informação! Aqui é que a porca torce o rabo.
O que andará este artista aqui a fazer? Já sei! É contra qualquer coisa, provavelmente contra o Milénium! Contra a loja dos Chineses lá da rua dele! Contra os ouriços do mar! Contra o tremoço! Contra o ICNB! Lá que anda por ai, anda.
Cá para mim que ninguem nos lê, tem aspecto de ter fugido de casa.
Pede-se assim quem o tenha visto, o favor de informar a Mandala http://www.mandala.pt/
pois cá para mim o tipo gamou foi o pópó!
Atenção Mandala! Atenção Mandala!

O MARCELO NÃO MERGULHOU, CAIU AO RIO.

O MARCELO.
Não dorme, dormita.
Não lê, folheia.
Não faz truques, treina-os.
Não diz, contradiz-se.
Não acusa, dá notas.
Não usa cartola, usa coelhos.
Não dá cartas, lê o tarot.
Não vê o futuro, prevê-o.
Não gesticula, articula.
Não dá mergulhos, cai ao rio.
Não faz magia, ilude-nos.
Não faz rtp, faz Estado.
Não se candidata, até à data.

05/10/07

ÁGUIAS DE BONELLI

Bem de facto estas tipas existem!

Sei o que digo!

Já fiz milhares de kilometros por causa deste assuntozinho!

Já apanhei as maiores secas da vida, à espera destas tipas!

Já acordei em muitas casas!

Atasquei tantas vezes!

Já conheci tanta gente!

Já bebi tantos medronhos!

já descobri alguns casais!

já geri tantos "conflitos"

Já ouvi tanta coisa!

Já conheci tantos Montes!

Tantos viveres!

Já aprendi tanto!

Tantos barrancos!

Tantos caminhos!

E agora sei de 20/30 casais!

Sei como a gestão destas áreas não é tão difícil, como supunha. Mas apreendi uma coisa!

Que ouvir o campo, falar e saber estar, fazem milagres! Obrigado Bonellis.

02/10/07

ESTAVA UM DIA FABULOSO

Nesse dia acordou bem disposto. Como já não acontecia havia muito tempo, levantou-se abriu a janela de par em par. Estava um dia fabuloso, talvez um pouco ventoso.
Depois ouviu os gritos dos miúdos, claro cheios de fome! Ainda assim decidiu que o melhor era voltar para a cama, era Sábado, era Abril, de certeza que Margarida já saíra para as compras, como fazia todos os Sábados. Nestes dias a praça era mais colorida, mais viva, mais fresca daqui a pouco já teria o seu jornal e claro o pão fresco, o café de sempre.
De repente, uns gritos lancinantes das crianças! Levanta-se de rompante corre escada abaixo e na sala, junto à janela aberta vê Margarida. Com o rosto desfigurado a derreter-se como uma vela, repara que tem um pavio no cabelo, calmamente acende o isqueiro (os filhos correm escada abaixo! aos gritos!). Depois de acender o pavio, vê Margarida, ainda, sentada mas já mais desfigurada. Mantém, ainda, algumas feições definidas, vai à cozinha senta-se e começa a ler o seu jornal, tranquilamente (como ruído de fundo tem, um. Ping! Ping!). Como de costume começa por os signos (como o faz sempre).
De repente, ouve um bater violento na porta, diz a Margarida que não se preocupe, vai ver quem é. Quando volta, traz um frasco de cera líquida com a orelha de Margarida. Fora Teresa vizinha do quarto ao lado que encontrara a orelha de Margarida, no passeio reconhecera-a pelo brinco.
Volta então ao seu jornal.
Agora sim, o cigarro da praxe, aceso no rosto de Margarida que Ping! Ping! Cruza a perna, volta a página do jornal e concentra-se numa noticia do Museu de Cera, onde fica saber dum estranho caso, a policia investiga:
" Londres. Ontem, após o fecho do conhecido Museu, disparou o alarme às 23.12 o que levou à rápida intervenção das forças da ordem, mais concretamente da policia londrina, após varias delongas e com a presença do conceituado inspector Watson veio a confirma-se o que mais se temia. A fuga em massa de algumas figuras de relevo deste conceituado Museu, assim, pede-se à população de Londres que: Tenha em consideração este facto e tome as providências necessárias para um possível encontro, nesta Capital, com as figuras agora descritas em fuga. Até a esta hora são as seguintes: S.A.R. a Rainha Victoria, o P.P. Estaline, o Sr. Capitão Haddock, o Sr. Cavaco Silva, os Irmãos Metralha, e Sr. Duque de Bragança.
Pede-se a máxima estima com tais personalidades, pois, além de serem de cera são Ingleses: Toda a informação deve ser dirigida ao departamento. De fugas desta área metropolitana"
De repente, levantou-se e marcou o 23 do outro lado uma voz feminina, a informar " psiquiatria diga Senhor !"
Mas eu tenho uma mulher em fuga aqui, é de cera! deita fumo! e claro fugiu do Museu!
E a tal voz informa. " mas o senhor também é de cera, deita fumo, mas não fugiu de um Museu!"

29/09/07

O TEMPO

Quando um dia chegares
entra e vem vestida de primavera.
Verás que as janelas estão abertas e as portas também.
Um dia quando chegares entra pé ante pé
e não me digas nada.
Nesse dia todas as palavras serão desnecessárias.
Um dia quando chegares seca-me só as lágrimas e dá-me o meu beijo e não fales.
Um dia quando chegares podes não vir só.
Mas um dia quando chegares espero só te dizer: Foi o transito?
No dia quando chegares dá-me só um beijo mas vem, vem a tempo de ainda nos reencontrarmos.

26/09/07

A VIAGEM

de Gaza. Leio que a ultima reunião do conselho foi de
Parte de mim partiu cedo, assim como quem parte de comboio, assim como quem vai de viagem.
Porque quando se apanha aqueles lugares virados pró destino. A paisagem é sempre mais agradável. Isto claro, quando não temos pela frente, num banco virado para nós e nesse lugar sentadinho vai um tipo a palitar os dentes, e com mau hálito. Sentado e acomodado no meu lugar, inicio a minha viagem, assim lá vou eu, com o banco da frente vazio. Ao meu lado esquerdo sentada está uma velha que de estranho só tem o facto de ser velhíssima.
Porem ainda respira, pois vê-se o bafo da sua respiração na janela, tem as pernas repletas de varizes azuis, os braços parecem-me esverdeados. (deve ser impressão) De qualquer forma decido começar a ler o meu jornal.
Ainda tenho 2h de paisagem, será que ela ainda vai ter duas horas de vida? talvez as pernas da minha companheira já estejam a caminho do céu, será? Haverá maneira de o Sr. lá em cima só receber as pernas, e o resto ir depois, quando acabarmos a viagem?
Assim só pagaria meio bilhete! Andarão agora pelos ares, as pernas braços e sapatos, dentaduras e claro as almas a caminho de céu? E a propósito, todo este assunto me parece despropositado.
Abro de novo o meu jornal, e começo a ler um artigo sobre a Faixa novo adiada, a Faixa se separou de Gaza.
Ouço a chuva a bater na janela, e de repente vejo uma perna a passar-me pelo vidro embaciado, limpo-o depressa! E zás um pescoço! E zás uma cabeça ainda com cabelo! Uma maquina de filmar!
Depois olho para traz e na carruagem só vejo cabeças, e troncos, pés ainda com sapatos, todos os lugares estão sem passageiros mas os membros passeiam-se pela carruagem.
Entretanto vejo aproximar-se um tronco com uma bolsa, era o revisor que chama por a sua
cabeça (isto claro, de forma gestual.) E então dispara!
- O Sr.? - Então digo-lhe um quarto de bilhete para? - Para onde o meu amigo quiser! - Mas...mas... - Não se preocupe só temos um destino e é o mesmo! - Mas da-me um cheque? - Eles depois dão-lhe o resto! (entretanto, vejo passar um camarman por a janela) De repente ouço: Atenção Srs. Passageiros acabaram a vossa viagem. A Clínica de Reconstrução Cirúrgica agradece a todos a participação neste spot, Publicitário pede-se o favor de darem prioridade na saída, às pernas azuis!

24/09/07

PROZAC MEU AMOR

De qualquer maneira, a mim ninguém me deu Prozac! Talvez a Manuela tenha pensado, este tipo...tem é de tomar suminhos de laranja! apanhar ar, e claro tenho que o ouvir...ouvir.

Realmente, eu não andava lá muito bem. Mas como todos os tipos, que passam por cá. Sim. Por cá! Pela vidinha homem! Por vezes temos um coisas estranhas, pensamentos realment muito. Mas muito estranhos! Ora o meu problemazinho era só este!

Afinal eu quando acordava, só tinha uma ideia fixa.

Atacar a vizinha do 2º esquerdo, (claro que isto pensava eu, tinha que ser feito com o meu pijama azul bebé.) de facto da última vez, o ataque foi terrível! imaginem vocês que ataquei por puro engano o minha mãezinha! A pobre lá me encaminhou para Sta. Maria.

Aqui, fui prontamente socorrido pela minha vizinha, do 2º esq. Era de facto a Psiquiatra !!

De seguida, despi o meu pijaminha azul bebé.

Mas agarrado por dois leões, lá me enfiaram por a goela abaixo o Prozac!

Na rua, chamei um taxi. Pus a mãezinha num saco do Colombo, e Zás! Casa!Ainda ouvi ao longe, a Psiquiatra a contar ao colega, o Pedro é meu marido!

23/09/07

ERA PRIMAVERA, TALVEZ VERÃO.

Era Primavera, talvez Verão. Era assim desde pequeno, quando ia prá aquele lugar onde corriam os coelhos aos centos por estradas, de curvas e contra curvas. Depois da curva grande, a praia. Aquelas dunas, o mar imenso sempre revolto. A casa da descida do lado esquerdo, quando se chega, grande, virada ao mar e a casa cor de rosa que sempre me pareceu, uma Igreja, a das primas. Era a praia. As broas de mel das Tias, as criadas que levantavam as saias quando o mar vinha e desciam quando ia. Eram assim e vinham connosco da capital. Eram do norte e miúdas. Havia o casino (uma tasca de colmo circular). Tinha um homem dentro do colmo, o Zé. No casino bebiam-se cafés, comiam-se sombrinhas de chocolate, nessas noites as tias, as primas e as poucas famílias da praia, reuniam-se ali. E, assim, como manadas de putos, juntavamo-nos por várias mesas, por idades. Depois da subida para as casas, os maiores, os mais velhos faziam as suas fogueiras com a lenha apanhada durante o dia, ao longo da praia. Os maiores cantavam e tocavam viola, noite dentro. Eram noites de lua estreladas, claro, namoravam. Por vezes, nós os mais novos também íamos. Eram noites mágicas! Não havia luz nem água canalizada. A luz de candeeiros a petróleo o cheiro tenebroso invadia as casas. Os pavios sempre a caírem. Depois a água da cisterna, com ratos mortos, lagartixas e de manhã, os scones quentes. A praia deserta. Sempre deserta! As poucas pegadas existentes eram dos pescadores e das gaivotas brancas. Nunca compreendi como conseguiam acordar antes de mim. Depois havia a Vila, Aljezur. Com a padaria, o petróleo e por ai fora. E claro, os bolos de torresmos. Havia ainda a casa da Tia, o cavalo, os patos, as galinhas, as vacas, o leite e as vindimas! E a outra prima velha, muito velha. E, também, a criada Luísa, a fiel criada que sempre me pareceu não o ser (ainda hoje). Foi aqui neste local onde existia um Monte e um Clérigo. Onde fui mais feliz porque o fui mesmo! Porque a praia era minha! Porque só ouvia o mar, porque todas as dunas eram só minhas. Foi aqui onde a minha janela era o mar e a casa um navio. Foi aqui que o mar me contou histórias todas as noites. Aqui, onde Agosto e Setembro acabavam. Onde te conheci. Talvez não fosse nesta praia (porque sabes... já sou grande e isto já foi à muito tempo). Mas na Vila onde havia os jornais, os bolos de torresmos e os correios. Era Primavera ou talvez Verão. Foi aqui onde te encontrei e o aroma do café, do vento e do mar vinha de ti. Foi daqui que partimos, lembras-te? Era Primavera ou Verão? Mas olha ... nunca, nunca te esqueças, que neste mar o tempo corre. E depois só o vento se ouve ... ao longe. Mas olha ... Vem ver o mar. Vem!

22/09/07

VAI E VEM !

Vim aqui parar por uns tempos. Por sinal muito tempo! Muito mesmo.( Só lá estive um ano e tal.) E porquê? Porque só um louco vai viver para Mértola. Se não vejamos; Calor 48 graus! O deserto começa aqui! Ainda avistei alguns camelos por lá também. De facto esta terra é triste! Seca! Tem pó! Só duas rotundas! Não tem água! Mas tem; GNR, Mas tem ICN,B? Tem um Valente! Tem,tem! Mas tem o Cláudio Torres a ler o Expresso no Central. ( O Cláudio é fixe! E não lê o Sol!) Mas tem a Teresa ! Mas tem o Restaurante em Moreanes! (Vão lá !) Mas também nos Corvos ! (pizzas dum cabrão! são fantásticas!) E claro o Brasileiro ! ( ali, ao pé da GALP.) Mas já não tem a Ana Z ! E a Glória? Tenho a certeza de que se o Sr. Existe. De facto esqueceu-se deste local! Agora aqui sentadinho em Odeceixe imaginem quem vi passar? O Cláudio!!

SABE-SE LÁ

São:
São de facto meu amor, coisas destas que me fazem perder a cabeça!
imagina eu aqui nesta figura, sim porque eu sou parecido não achas?
E ainda te dizia "sabe-se lá aonde acaba a pele e começa a lã...tu mereces ternura."
Mas, São! Espero que me entendas deixa lá a lã. Vem é ter comigo e depressa ! Eu cá também não tenho nada vestido, e mesmo assim não sou assim tão mau tipo como tu dizes.
Agora meu amor,podes ter a certeza, mesmo neste estado vou-te buscar! ai vens, vens!! nem que te traga de com a sirene ligada.
Depois vou-te levar a jantar, ao Sítio do Rio na Carrapateira.
E ver aquele mar comer pevides, e claro ainda te dizia: Sabe-se lá onde acaba a pele e começa a lã... tu mereces muito mais! muito mais!

O TEMPO DOS MONTES

Rita vive nas searas, vê castros verdes e falcões azuis nos céus ceifados de algodão branco. A Rita tem asas de cal e o tempo dos Montes.

ESTE SR. ESTÁ FARTO!

Este Sr. Está farto!

De facto a vidinha já não é o que era! Dantes era a fome, a guerra os bailes as moçoilas, os mercados o respeitinho.

Dantes a malta trabalhava! Dantes a malta tinha chapeú!

Dantes não havia tantos crimes! Dantes tinha uma pedaleira!

Agora queixam-se, queixam-se e ninguem quer trabalhar! a porra é esta! filhos de um cabrão!

Agora qualquer moço já tem um carrito, uma mulher. Agora trabalho? Qual trabalho? Nunca isto esteve tão bom! Mas deixem...deixem, que isto logo dá a volta! Este Sr. Tem razão?

O ESTRANHO CASO DOS DECAPITADOS

Após um estudo realizado, por uma equipe de técnicos forense coordenada pelo o ilustre, Dr. Pinto da Costa.

Chegou esta equipe a uma triste questão;

Porque será que só um dos camaradas tem boné?

Porque será que só existe uma estrela?

Onde estão os Corpos?

A MARIA

A Maria também é elegante!
E não tem somatose liquida,
De qualquer maneira está com o João!
Eu não tenho a Maria! nem o João.
Mas aceito-a, mesmo com somatose liquida!
Mesmo em estado liquido, e com a tal somatose.

ESTE SR. DE FACTO É MUITO SEVERO.

Este Sr.

De facto é muito Severo!

Tem ar disso, mas o mais provável é não ter espancado a mulher.

Foi de certeza bom marido e pai. Vê-se que era pintor,e claro bom Tio.

Conheço a filha do Severo.

TOMEM!

Aqui estou! Mas claro não me vêem! Estou sempre deste lado! E vocês? onde estão?

21/09/07

A PORTA ALENTEJANA

Esta é de facto a minha porta!

Aqui, quem entra sou eu!