28/11/07

O VIVALDI VIVE NO MAR

O Vivaldi ! Enterrado enterrado não está anda por aqui. mas sabes, foi comigo numa viagem de barco já lá vão talvez... uma vintena de anos. Quando saí da Capital num barco de velas brancas e casco azul. Foi comigo. (foi-me dado por meu pai). Claro, nessa altura pensei que diabo andava o Vivaldi ali a fazer? Mas quando avançamos Atlântico adentro o vento, as vagas, o frio, a noite, o leme, as estrelas, e claro a noite chamavam-me forte. Mas as vagas enormes, o vento uivante, as estrelas dançantes. Claro um circulo único o Mar. Só ele altíssimo. Mas num passo de angústia ouvi-o. ainda sinto o medo, os uivos, o vento, as vagas, as estrelas, a noite. Mas claro, era o Vivaldi. Eram as quatro estações! Música de todos os sentidos que me deixou assim. De repente a certeza da enormíssima força do Mar. Dos ventos gélidos, das vagas enormes, das constelações, de um eu ínfimo. Mas foram as quatro estações de Vivaldi nessas noites. De lemes, amarras, bússolas, estrelas, mares tumultuosos que me deram a força de lhes dizer. Quem pensam vocês que são!? Ainda agora ouço o Mar supremo. O frio, o vento, as estrelas, as vagas enormes,os gritos da aves. Ainda ao leme a força deste Vivaldi.

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