08/12/07

DIGAM-LHE

Digam-lhe:

Que a lonjura não existe. Que o tempo passa, falem-lhe do mar, das Colinas, dos Montes, chamem-na. Nos Vales, Campos, trilhos e Veredas. Mas encontrem-na! Descubram-na no cimo dos Penedos, nas Serras, nos Soutos. Uivem! Gritem! Mas quando a virem digam-lhe:

Que existem outras Serras, outros Penedos, outros Montes, outros trilhos. Digam-lhe também que os sonhos constroem-se. Digam-lhe que todos os diários são sonhos. Contem-lhe que os sonhos também são grandes. Digam. Digam aos sonhos para fugirem com ela. Digam-lhe para não ter medo. Digam onde for mas digam-lhe. Digam!
Se for preciso chamem o tempo, a música, o Mozart, as Sonatas, os pianos, os pássaros, os Actores, as Bailarinas, o Público, as palmas, os Cocheiros, os Nobres. Vão por Palácios, Quintas, Herdades, subam os Rios, corram os Desertos. Mas digam-lhe!

1 comentário:

Anónimo disse...

Que sorte que ela tem.