04/11/07

AQUELA CADEIRA É MINHA!

Aquela cadeira é minha! Aquela é minha! De qualquer maneira lá me sentei ali ao pé dela. Depois vi-a e lá percebi que estava no lugar certo.(podia ter que me pôr a milhas a qualquer momento) Aquele era de facto o meu lugar, sentei-me confortavelmente e olhei-a de novo. Pareceu-me mais jovem talvez mais...tranquila. Mas de repente tive a sensação que me pertencia, olhei-a nos olhos, tinha uma luz diferente. Aquela era de facto a minha luz, a minha mesa. Olhei-a de novo e pareceu -me ser ela, por momentos tive mesmo a certeza. De seguida abria-a de par em par e descobri coisas estranhas, estava lá tudo mas tudo. A Paisagem a mesma de sempre talvez um pouco mais estonteante, pois há vários anos que não a via.(assim ali, tão perto de mim.) Almocei ali ao lado dela. Quando terminei fui para a rua e voltei a vê-la, voltei a falar-lhe olhei-a de novo. Quando me ia pôr andar tive a nítida sensação que me olhou mais profundamente. (pareceu-me um sorriso infantil.) Depois...olhei-a de novo quando a voltaria a ver? Para me despedir dei-lhe dois beijos talvez mais, os mais... sensatos, para a ocasião nunca seriam poucos. À despedida voltei a fechá-la no trinco de cima e claro no debaixo porque nunca se sabe. Posso voltar ainda a querer abri-la se bem que seja difícil. Mas penso que ela gostou de me ver também.

3 comentários:

Anónimo disse...

É um texto muito subtil, revelando uma sensibilidade aguçada.

Anónimo disse...

Fogaça! As voltas que o meu amigo dá... embrenha-se em medronais, atasca em lamaçais...e a maior parte das vezes chega primeiro... (até a Bensafrim)! Afinal antes de chegar já lá estava!

Anónimo disse...

rectifico....medronhais....e já agora, que estmos em maré de rectificações: "Afinal, antes de chegar, já lá estava".