18/07/08

PABLO NERUDA

Então lá chegou o carteiro com som de Neruda. As imagens e o texto vinham com ele. Assim só. Depois ficou refém dos textos recebidos da música e das paisagens de Pablo. Mas na viagem sentiu que o olhar se perdia do som. Foi assim que partiu e foi assim que regressou. Com ele ali. Mas quando chegou ele ainda estava ali esperando por ele. O Pablo e o Neruda também. Mas amanhã quando o farol acender a luz vou dizer-lhe: Olá Pablo Neruda. E aí, pode ser que ele me diga: Gostei de te conhecer. Mas depois quando ele partir ficará o farol e luz de Pablo. E o mar de Neruda.

2 comentários:

Anónimo disse...

É sempre assim. Há sempre partidas e chegadas. Há sempre algo que vai e algo que fica e é no que fica que se vive.Não o contrário.É no que fica que se prendem os sons e as letras.E os olhares.Todos os olhares!E enquanto uns se vão e outros ficam haverá sempre nos corações de cada um a Luz o Mar e o Farol! Por isso quem fica , como quem vai nunca estará sózinho.A nossa viajem interior é o caminho que cada um tem que percorrer em absoluta individualidade, no maior
e mais profundo silêncio.É por isso que nasceram Pablos Nerudas e outros. Tinham grandes caminhos nas suas mentes e enquanto os foram percorrendo foram partilhando com a humanidade.

Anónimo disse...

Dizer ainda que Pablo Neruda influenciou e revolucionou a Poesia do séc.XX, e a literatura em geral, recebendo o Prémio Nobel de Literatura em 1971. "Confieso que he vivido" é um livro a ler entre dezenas de outros. Partiu para outras dimenões em 1973 deixando a sua obra para a humanidade.