29/09/07
O TEMPO
26/09/07
A VIAGEM
24/09/07
PROZAC MEU AMOR
De qualquer maneira, a mim ninguém me deu Prozac! Talvez a Manuela tenha pensado, este tipo...tem é de tomar suminhos de laranja! apanhar ar, e claro tenho que o ouvir...ouvir.
Realmente, eu não andava lá muito bem. Mas como todos os tipos, que passam por cá. Sim. Por cá! Pela vidinha homem! Por vezes temos um coisas estranhas, pensamentos realment muito. Mas muito estranhos! Ora o meu problemazinho era só este!
Afinal eu quando acordava, só tinha uma ideia fixa.
Atacar a vizinha do 2º esquerdo, (claro que isto pensava eu, tinha que ser feito com o meu pijama azul bebé.) de facto da última vez, o ataque foi terrível! imaginem vocês que ataquei por puro engano o minha mãezinha! A pobre lá me encaminhou para Sta. Maria.
Aqui, fui prontamente socorrido pela minha vizinha, do 2º esq. Era de facto a Psiquiatra !!
De seguida, despi o meu pijaminha azul bebé.
Mas agarrado por dois leões, lá me enfiaram por a goela abaixo o Prozac!
Na rua, chamei um taxi. Pus a mãezinha num saco do Colombo, e Zás! Casa!Ainda ouvi ao longe, a Psiquiatra a contar ao colega, o Pedro é meu marido!
23/09/07
ERA PRIMAVERA, TALVEZ VERÃO.
Era Primavera, talvez Verão.
Era assim desde pequeno, quando ia prá aquele lugar onde corriam os coelhos aos centos por estradas, de curvas e contra curvas. Depois da curva grande, a praia. Aquelas dunas, o mar imenso sempre revolto. A casa da descida do lado esquerdo, quando se chega, grande, virada ao mar e a casa cor de rosa que sempre me pareceu, uma Igreja, a das primas.
Era a praia.
As broas de mel das Tias, as criadas que levantavam as saias quando o mar vinha e desciam quando ia. Eram assim e vinham connosco da capital. Eram do norte e miúdas.
Havia o casino (uma tasca de colmo circular). Tinha um homem dentro do colmo, o Zé.
No casino bebiam-se cafés, comiam-se sombrinhas de chocolate, nessas noites as tias, as primas e as poucas famílias da praia, reuniam-se ali. E, assim, como manadas de putos, juntavamo-nos por várias mesas, por idades.
Depois da subida para as casas, os maiores, os mais velhos faziam as suas fogueiras com a lenha apanhada durante o dia, ao longo da praia. Os maiores cantavam e tocavam viola, noite dentro. Eram noites de lua estreladas, claro, namoravam. Por vezes, nós os mais novos também íamos. Eram noites mágicas! Não havia luz nem água canalizada. A luz de candeeiros a petróleo o cheiro tenebroso invadia as casas. Os pavios sempre a caírem. Depois a água da cisterna, com ratos mortos, lagartixas e de manhã, os scones quentes. A praia deserta. Sempre deserta! As poucas pegadas existentes eram dos pescadores e das gaivotas brancas. Nunca compreendi como conseguiam acordar antes de mim.
Depois havia a Vila, Aljezur. Com a padaria, o petróleo e por ai fora. E claro, os bolos de torresmos. Havia ainda a casa da Tia, o cavalo, os patos, as galinhas, as vacas, o leite e as vindimas! E a outra prima velha, muito velha. E, também, a criada Luísa, a fiel criada que sempre me pareceu não o ser (ainda hoje). Foi aqui neste local onde existia um Monte e um Clérigo. Onde fui mais feliz porque o fui mesmo! Porque a praia era minha! Porque só ouvia o mar, porque todas as dunas eram só minhas. Foi aqui onde a minha janela era o mar e a casa um navio.
Foi aqui que o mar me contou histórias todas as noites. Aqui, onde Agosto e Setembro acabavam. Onde te conheci. Talvez não fosse nesta praia (porque sabes... já sou grande e isto já foi à muito tempo). Mas na Vila onde havia os jornais, os bolos de torresmos e os correios.
Era Primavera ou talvez Verão. Foi aqui onde te encontrei e o aroma do café, do vento e do mar vinha de ti.
Foi daqui que partimos, lembras-te? Era Primavera ou Verão?
Mas olha ... nunca, nunca te esqueças, que neste mar o tempo corre.
E depois só o vento se ouve ... ao longe.
Mas olha ... Vem ver o mar.
Vem!22/09/07
VAI E VEM !
SABE-SE LÁ
O TEMPO DOS MONTES
ESTE SR. ESTÁ FARTO!
Este Sr. Está farto!
De facto a vidinha já não é o que era! Dantes era a fome, a guerra os bailes as moçoilas, os mercados o respeitinho.
Dantes a malta trabalhava! Dantes a malta tinha chapeú!
Dantes não havia tantos crimes! Dantes tinha uma pedaleira!
Agora queixam-se, queixam-se e ninguem quer trabalhar! a porra é esta! filhos de um cabrão!
Agora qualquer moço já tem um carrito, uma mulher. Agora trabalho? Qual trabalho? Nunca isto esteve tão bom! Mas deixem...deixem, que isto logo dá a volta! Este Sr. Tem razão?






