12/01/08

O CAOS NA FNAC.

Nesse dia a Fnac fechou como era hábito às 24h. Nesse noite como era costume ficaram as estantes a suportar os livros. Os grandes, os pequenos, os romances, a poesia, os policiais, os infantis a banda desenhada e tantos outros.
Mas nessa livraria também habitavam músicas de muitos continentes. Muitas, mas muitas dessas músicas também tinham letras, poemas, romances e claro eram de todos.
Nessa noite como em todas a luz apagou-se por volta das 24h. Como também era hábito os romances quiseram sair das estantes. E saíram. Pé ante pé lombada a lombada. Depois, Chamaram a poesia que andava muito escondida os policiais que andavam sempre por perto. Os infantis sempre na brincadeira, a banda desenhada e tantos outros. Todos reunidos decidiram chamar as personagens, as paisagens, os mares, os céus, as árvores, as casas, os comboios, as charretes, os mordomo, os amantes, os castelos, os animais. E eles saiam. Saiam os mares, os céus, as árvores, as casas, os animais. Eram milhares de homens, mulheres, crianças, velhos, novos, japoneses, franceses, belgas. Eram paisagens tão diferentes, céus de tantas cores. E tantos os campos. Eram tantas as as aves que saiam voando.
Todos se cumprimentavam uns mais efusivamente que outros. Outros nem tanto. Ainda se gerou alguma perplexidade com as épocas. Depois, falaram dos seus autores, das suas épocas
eram tantas as coisas. Tantas tantas que se perderam nos tempos.
Depois, trocaram de roupas, de pares, comeram os jantares uns dos outros, montaram os cavalos, viajaram de zepelim, beberam os vinhos e ouviram as músicas e ainda dançaram noite dentro.
Quando começou o dia a raiar a confusão era tanta que já poucos sabiam onde era a sua estante. Depois, começaram os abraços, as vénias, os beija mãos, as trocas de direcções, os convites para se visitarem uns aos outros nas paginas numero tal. Encheram-se os zepelins as charretes montaram-se os cavalos,encheram-se os comboios.
Num ápice todos voltaram às suas estantes, às suas épocas, às suas páginas. Aos seus autores. Todos os mares mergulharam nas suas páginas, todos os céus, todos, mas todos.
Só a musica se ouvia quando soaram as nove horas e a porta se abriu.

2 comentários:

Anónimo disse...

Nessa manhã fui o primeiro cliente a entrar, vi as lombadas desalinhadas,uma pequena fada esvoaçando à procura da sua história de encantar.
E quando me aproximei da estante para ajudar, ouvi os livros sussurrar,a fadinha sorriu atrapalhada, agitou a varinha contra a estante e num instante tudo se aconchegou, num sono profundo mergulharam até à próxima istória.
Aul

Anónimo disse...

POIS MAS ACORDEM E ESCREVAM A PRÓXIMA HISTÓRIA PORQUE JÁ ESTAMOS TODOS MUITO IMPACIENTES